Com a aproximação da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada na Amazônia em 2025, cresce a atenção mundial para a importância do bioma na regulação do clima e na preservação da biodiversidade. A discussão global gira em torno da necessidade de deter o desmatamento, restaurar áreas degradadas e reconhecer a Amazônia como parte essencial das soluções climáticas do planeta.

A especialista em políticas climáticas do Greenpeace Brasil, Ana Cárcomo, destaca o protagonismo das florestas nesse cenário. Segundo ela, “as florestas são fundamentais tanto para ações de mitigação quanto de adaptação às mudanças climáticas, mas ainda são tratadas de forma fragmentada nas negociações. A COP30 traz uma oportunidade única para integrar o tema e adotar um plano global que vise o desmatamento e a degradação florestal zero até 2030”.

A especialista explica que grande parte do desmatamento está ligada à expansão da agricultura e pecuária, além de conflitos territoriais e atividades ilegais, como o garimpo. Ela lembra que o Brasil possui milhões de hectares de áreas já degradadas, suficientes para permitir o avanço da produção sem destruir novas áreas de floresta. Ana Cárcomo cita ainda a moratória da soja como um exemplo de sucesso, já que o acordo entre grandes compradores impediu a compra de soja vinda de áreas desmatadas na Amazônia após 2008, conciliando produção agrícola e sustentabilidade ambiental.

A realização da COP30 na Amazônia representa uma oportunidade decisiva para transformar compromissos em ações concretas de preservação e desenvolvimento sustentável, unindo esforços globais pela proteção das florestas e do clima.

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novembro 4, 2025

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